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Os trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Belo Monte paralisaram hoje
(23) as atividades no canteiro de obras. Na semana passada, o Sindicato
dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará
(Sintrapav), descontente com o rumo das negociações, já havia anunciado
a greve.
Entre as reivindicações dos trabalhadores, duas ainda não foram
atendidas: a redução do período de baixada [quando eles recebem uma
folga de nove dias para visitarem as famílias, com passagens pagas pelo
CCBM], e o aumento do vale-alimentação, dos atuais R$ 95 para R$ 300. O
consórcio só acenou com um aumento de R$15.
Dos cerca de 7,7 mil trabalhadores, apenas 850 estão cumprindo
expediente nos serviços considerados essenciais para os alojamentos nos
cinco canteiros da obra – principalmente nas áreas de saúde, água e
esgoto, segurança patrimonial, alimentação, além de alguns eletricistas e
pedreiros. Segundo o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), a
manutenção desses serviços básicos “é uma exigência legal”.
No início da manhã de hoje, os trabalhadores fizeram uma barricada no
acesso ao Travessão 27, local que liga a Rodovia Transamazônica à
estrada de terra para os sítios Pimental e Canais e Diques. Segundo o
vice-presidente do Sintrapav, Roginel Gobbo, os trabalhadores fizeram
barricadas, mas os serviços essenciais foram mantidos.
“Fizemos algumas barricadas, mas apenas para explicar aos
trabalhadores o que estava acontecendo. Não impedimos ninguém de
trabalhar, mas deixamos clara a necessidade de eles aderirem à greve,
até porque ela foi votada e decidida por eles. Além disso, pedimos ao
CCBM que identificasse os ônibus que transportariam os funcionários
responsáveis pelos serviços essenciais. Não houve nenhuma objeção a eles
serem levados aos canteiros”, acrescentou o sindicalista.
“Estamos abertos à negociação e aguardamos a manifestação do CCBM.
Qualquer movimentação deles, no sentido de atender nossas propostas,
pode interromper a greve”, disse Gobbo. A empresa, no entanto, disse
que, “a princípio, não deverá haver negociação com o sindicato”, nesse
primeiro dia de greve. O consórcio deve divulgar ainda hoje uma nota
sobre a paralisação dos trabalhadores.
Fonte: Agência Brasil(http://www.orm.com.br)
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