terça-feira, 8 de maio de 2012

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Coronel condenado é preso





Mário Pantoja, um dos comandantes da operação que massacrou 19 sem-terra em Eldorado, se entrega à polícia
DA REDAÇÃO E G1
     O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Pará (TJE), Edmar Pereira, determinou ontem a prisão do coronel Mário Colares Pantoja e do major José Maria Pereira de Oliveira. Dezesseis anos após o crime, os policiais militares que comandaram a operação que resultou na morte de 19 trabalhadores sem-terra no episódio conhecido como a Chacina de Eldorado de Carajás, no sudeste do Estado, irão cumprir a sentença imposta pela Justiça.
    Pantoja apresentou-se espontaneamente no Centro de Recuperação Especial Anastácio das Neves, uma penitenciária para policiais e ex-policiais localizada em Santa Isabel, a 45 km do centro de Belém. Oliveira, porém, ainda não havia sido localizado até o final da tarde pelo oficial de justiça que levava em mãos o mandado de prisão expedido pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Edmar Pereira. A ordem é conduzir o major para a mesma penitenciária onde se encontra o coronel.
     Em novembro de 2004, a Justiça do Pará condenou o coronel Pantoja, responsável pela tropa, a 228 anos de prisão, e o major Oliveira - responsável pela Companhia de Policiamento de Parauapebas - a 158 anos e 4 meses, em regime fechado. Porém, graças a vários recursos que tramitavam no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF), os dois aguardavam o desfecho do julgamento em liberdade.
     Em abril, o STF considerou os recursos impetrados pela defesa protelatórios e decidiu que deveria ser mantida, no mérito, a decisão de primeiro grau. Ontem o juiz Edmar Pereira expediu os mandados de prisão para que a sentença comece a ser cumprida. No despacho, o juiz considerou o "exaurimento das vias recursais perante o superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal" e determinou a reclusão dos réus em regime inicialmente fechado. "Não cabe mais nenhum tipo de recurso. Na área criminal este é um assunto considerado encerrado", afirmou.

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